sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

Até pró Ano

quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

Sinceramente não entendo...

Os telejornais de hoje falavam todos do mesmo! Aumentos. Do pão, dos combustíveis, do preço da luz, do gás, água, dos cães e gatos.
Pelos vistos anda tudo aflito porque o governo só pode (e só quer) dar um aumento de 1,5%.

Não se queixem, eu espero por aumento há 2 anos. E mesmo aplicando o 1,5% ao meu actual salário não ficava rico.

Contudo o problema agrava-se com a inflação. Esta será de 2,3%, em média. Ou seja o poder de compra reduz na exacta medida da diferença entre estes 2 valores.

Mas nem tudo está perdido. Até porque soluções para contornar este pequeno problema existem aos magotes, basta escolherem. Não acreditam?

Basta que pensem um pouco. Eu já sei o que vou fazer, e posso revelar o segredo.

Vou passar a fazer de conta que trabalho (2,3-1,5)%xN.º horas de trabalho diárias! Ou seja 0.8x8h diárias (3 minutos e oitenta e quatro segundos diário=19.2 minutos semanais), as quais poderei usar em proveito próprio (ainda não sei bem qual...)Assim não perco dinheiro a desperdiçar o meu intelecto para o patrão (que não me aumenta).

Uma nota positiva também para o sector privado que quer utilizar a mesma taxa de aumento imposta pelo governo para a função pública. No tempo das vacas gordas nada como aumentos baixos e salários minimos. Agora, como mesmo com salários baixos, o $ não chega prós luxos dos patrões, aproveita-se a boleia do Governo.

Hoje vou rezar para que o Sócrates aumente esta taxa para 8%, só para depois ver a conversa deles....

Por estas e por outras acho que as despedidas de 2005 vão ser em grande!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

O Natal e as Presidenciais

Soube pela rádio que as audiências das telenovelas da TVI suplantaram as audiências do debate de ontem, transmitido pelo Canal 1.
Ou seja, os dinossones (mistura de dinossauros com gigantones) políticos da nação não foram suficientemente atractivos para os tugas, que preferiram ver a novela das 21h, a das 22h e metade da das 23h. Ahhhh como eu não compreendo os tugas...Novelas? Valha-me Deus. Alugassem um filme ou lessem um livro!

Para mim também não foram o suficientemente apelativos. Em vez de ver uma luta de galos a babarem-se e gaguejarem fui para um jantar de Natal. E pelos vistos não perdi nada.

O que eu sei é que se o Pai Natal vê como isto vai andará entretido atrás do elixir da juventude, que guarda no baú, e fazer duas prendinhas especiais...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

E eis que a máquina está viva

Carregado na oficina...














Descarregado para a decapagem e metalização...

Está atrasado mas a culpa é de um Civic Tunnig que está sempre a entrar e sair na oficina onde o jipão está a ser reparado.

Claro que isto é só um cheirinho das fotos tiradas (1278 para ser + exacto).

sábado, 17 de dezembro de 2005

Rio Lima


No meio do Rio Lima, em Ponte de Lima, para reparar esta conduta.













Para Nascente













Para Poente

Para o Fundo (leito)

Uns ocupam-se na pesca da Lampreia...

E a outros elas vêm ter aos pés!

Estas duas simpáticas jovens lampreias que nos vieram visitar continuaram o seu trajecto, em direcção ao mar.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Porra

Juro que tentei por 2 vezes colocar um post cheio de fotografias não consegui e por azar a ligação falhava sempre no finalzinho deve ser do alfuxo de sexta-feira à tarde conclusão: nada de posts excepto este que para ganhar tempo ficou sem pontuação bom fim-de-semana a todos

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

Brutalidades

Ouço ao longe a agonia de um pobre porco.
Coitado...
A crueldade com que tais actos são praticados assusta-me. Para que alguns façam uma festa estes coitados sofrem como não imagino.
Que há muitos anos atrás a matança do porco fosse feita como era ainda admitia. O que não entendo é qual a justificação desta barbaridade nos nossos dias, quando existe uma panóplia de métodos alternativos.
É indecente e desumano.
Tratem-se... ou experimentem o vosso remédio na pele!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

E o dia ainda mal começou...

"...e as radiações provocadas pelo som estão a aumentar as rachas nas paredes da minha casa!!!!"

quarta-feira, 30 de novembro de 2005

E não é que somos mesmo desenrascados?


Mais nada...Como diz o ditado "Quem vier atrás que feche a porta".

Arcos de Valdevez - "Calçadão" Ribeirinho

segunda-feira, 28 de novembro de 2005

+ 1 Dia de cão
















O dia começou normalmente.
Às 10:00h da manhã ligam-me:
- Vens para Arcos de Valdevez? Temos que pôr duas Estações Elevatórias a funcionar hoje sem falta!!!

- Já tou a caminho!

20:30h - A chuva não dava tréguas. Desde as 18:00h.

A luz da giratória não chegava para iluminar os destroços de tubos espalhados pelo terreno. Tropeções.
Ensopados esforçavamo-nos para pôr a maldita elevátória em funcionamento (a segunda. A primeira tinha arrancado às 18:00h).

- Ilumina para aqui!! ouvia-se alguém gritar.

Apesar do cansaço o pessoal esforçava-se para manter a calma e trabalhar a bom ritmo. Ficaram mais motivados quando eu e o meu colega pegámos na pá e fomos para dentro da vala ajudar.

Outros enfiados em caixas existentes e em funcionamento suportavam o cheiro nauseabundo do esgoto.

A dada altura perguntei quem me arranjava um cigarro. Um dos operários dirige-se a mim, dá-me um cigarro e murmura "E eu que tinha bilhetes pro Gil..."

21:00h

- Já podemos ligar as bombas?
- Já.

Compasso de espera.1º Grupo bombagem ok, 2º grupo também ok. Ventilador, agitador, sondas, luzes. Resumindo Tudo ok. Operação bem sucedida.

- Desliguem a Estação elevatória antiga e Tudo para casa. Toca a arrumar, rápido.

O electricista desabafava:

- Tou mortinho para ir para o carro aquecer os pés. Já não os sinto.


Sei que um dia terá piada falar sobre isto ("E lembras-te daquela vez que estivemos a ligar a Elevatória nos Arcos?") mas hoje, não teve nenhuma. Até porque ninguém paga horas extras.

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

À Flor da Pele






A chapa decapada fica assim! O jipão vai recuperando a forma...

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Alucinogénios

Devia ter desconfiado dos sinais.

Ainda por cima de manhã cedo; talvez o sono ainda me estivesse a afectar os neurónios; o certo é que não liguei.









À noite fui ver a máquina.

Sabia que o regresso a casa nunca mais seria igual.

O mecânico e o visitante iam discutindo técnicas apropriadas para o efeito pretendido: decapar chapa.

Deixei-os e pus-me olhar o jipe

- Porra, estás com melhor aspecto mas continuas todo fodido.

- Pois é, pois é. E quem me pôs neste estado?

- EEhhh lá. Que se está a passar? Já ouço vozes?

- Sim. Talvez desde que nasceste…

- Ouve lá desde quando é que tu falas?

- Descobriram-me a boca, os dentes, etc, etc, há pouco…

- Recapitulemos: fodi-te todo e, por isso descobriram-te os dentes e agora falas?

- Yep.

- Então fica aí que eu vou lá fora fumar um cigarro e já volto. Tou a precisar.

- Põe-me as rodas que vou contigo.

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Perspectivas
















O dia, tal como muitos outros, pode correr mal.
Pessoas, carros, máquinas, queixas, patrões, conversas e outros.

Mas o fim de tarde é MEU!

ps: O que vale são as minhas pintarolas.

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

Bom Fim de Semana


E não esqueçam que este fim de semana há asfalto a derreter em Esposende!!!!!!

quarta-feira, 9 de novembro de 2005

O Bolo

Há um ano e oito meses fui convidado para uma festa de anos.

Confesso que já há algum tempo queria ir a esta festa, principalmente para conhecer o aniversariante e entrar para o seu círculo de amizades. Também sabia que o grupo que o rodeava era pequeno e, julgava eu, de boas pessoas.


Então siga para a festa todo contente. O aniversariante recebeu-me, muito cordialmente, e chamou-me à parte. Já contava, daí não ficar surpreendido.
Iniciamos uma troca de impressões, algo estranha e armadilhada pró meu lado.

Primeiros minutos – Apresentações formais(…)

Segunda fase – e eu a entrar no campo minado

- então sabe que se ficar nesta festa partilhará connosco o bolo…
- sim, imagino que sim.
- mas, para tal, e dado a minha posição devo questioná-lo sobre um assunto mais…peculiar digamos.
- percebo. Faça o favor de continuar.
- ora então diga-me lá: se eu o deixar ficar na festa o que ganharei com isso?
- … (algum espanto perante tanta frontalidade e uma sequência inspira/expira fora de comum, mais forte): Ganha quase tudo o que eu ganhei até hoje, pessoal e profissionalmente. O seu dia-a-dia será o meu.
- quase tudo? Quase tudo?
- tudo nunca poderá ser…
- não lhe vou dizer que queria tudo…
- melhor!

Terceira fase – sem saber já estava em cima de uma mina

- (…) Já agora, e dizendo-lhe que começo a gostar de sí, sabe que ao vir a esta festa terá direito a uma fatia do bolo de aniversário.
- Imagino que sim.
- Imagina?
- Estava a tentar ser cortês!
- Áh…está bem. Mas diga-me quanto quer do bolo, ou melhor, qual o tamanho da fatia que pretende?
- Bem…ainda há pouco tempo estive numa festa onde me davam 2 fatias…mas, para lhe ser sincero, não gosto de pedir fatias finas ou grossas. Acho que o bolo deve ser repartido igualmente pelos participantes na festa.
- sou da mesma opinião. Façamos assim: dou-lhe 2 fatias. Está de acordo? (Era uma mina, que burro sou, vesgo e estúpido)
- por mim serve perfeitamente.
- então vamos pra festa.
- siga! Eu quero é party.

Seguimos então para a festa. Confundido com as luzes, o som alucinante, a alegria de estar nesta festa, as hormonas aos saltos perante um novo mundo, prestei pouca atenção ao bolo.
Afinal tinha entrado para o círculo de amigos do aniversariante…que mais poderia querer. E todo contente por lhe dar quase todo o que eu tinha ganho até hoje (como anteriormente descrevi). Maldita personalidade….estou alegre com a vida, estabeleço uma direcção e prego a fundo.

Iniciei conversas com os outros, os do círculo, imiscuindo-me na party, completamente alucinado com a música em as luzes. Tipicamente eu.

Com o passar do tempo apercebi-me que o círculo de amigos era estranho. Não se deixavam levar pelas sonoridades e sons, não vibravam, permaneciam estáticos. Pedras. E, cada passo, sussurros indiscretos entre eles sobre o bolo.
Por vezes abordavam-me:
- Quanto pediste do bolo?
- Olha, como não ligo muito aos bolos, pedi duas fatias…achas muito?
- Não! – Diziam – Está bem o que pediste. Aliás pedi quase o mesmo.

Confesso que este interesse provocava alguma comichão à minha consciência. “Quase?”
Pulga atrás da orelha e siga em frente… até ao terrível momento do estouro contra a parede: a entrega do bolo!

Recebi, tal como prometido, 2 fatias. Mas, os outros, lobos gananciosos, tinham todos direito a 3, 4, 5 fatias. Alguns até ficavam com 7.
Não gostei, apesar de as 2 fatias me chegarem. O choque abalou-me e desanimei. Foi-se a tenacidade, a música parou e as luzes fundiram. Não pelo bolo mas pelo trato vivido.
Por respeito fiquei na festa.

Passado um ano novo convite. Fui curto e grosso:

- Só vou se não houver injustiças na repartição do bolo. Acho que a repartição, segundo os parâmetros do ano passado, é estúpida, hipócrita e discriminatória. Pensava que eras meu amigo, que me querias bem, mas vejo que a realidade á mais fria. Estás a destruir a minha auto-estima e a minha fé nas pessoas. Foste um canalha. Não merecia isto, não faço isto aos meus.
- Podes não aceitar mas o bolo está encomendado. É igual ao do ano passado e não queria ter que prejudicar ninguém. Sabes que eles são meus amigos há mais tempo que tú…
- O bolo é teu faz o quiseres. E não acredito na antiguidade. Acredito na ajuda que te dou e que não vejo esses teus amigos mais antigos a darem-te. Vou-me embora.
- Não vás. Por favor. Prometo que depois da festa arranjo mais um bolito só para tí.
- Percebeste tudo ao contrário! (pensando fi#$ da g#”$$###, és como um tamanco!).

Não queria gastar mais latim com ele. Era inútil. Os tamancos usam-se e deitam-se fora, não merecem mais.

Brami:

- Aguento os cavalos. Mas quero um bolito só para mim. (Engoli em seco, aliás engoli um sapo enorme: a minha concepção da sociedade e dos amigos. Tava decidido: já agora ia até ao fim.)

Já lhe falei, dessa altura até hoje, 3 vezes no bolito. Para picar, gosto de picar.
- a pastelaria estava fechada…sabes como é. Mas amanhã trato disso. Prometo.

Até hoje nada.
Agora que as luzes se apagaram, as colunas estouraram, do grupo de restrito de amigos escolhi apenas 2 para falar, sei que o próximo aniversário está próximo.
Ansioso aguardo…e sei que ou isto muda ou a minha parte do bolo vai directa prás fuças do aniversariante canalha!

Aí sim talvez, tirarei férias, reflectirei e mudarei os meus óculos para ver o mundo como antigamente. Porque ainda acredito nesse meu mundo.


Ps extra post: uma nota muito positiva para o novo álbum dos velhinhos Depeche Mode – Playing the Angel

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Ele não tinha percebido o porquê.
Ouviu, durante o trajecto entre o banco e a sua casa, num condomínio fechado, parte da notícia.
- Malditas interferências e configurações não sei quê! - pensou sobre o conflito entre o GPS e o sistema de rádio do seu mercedes V8 slk.
Sabia que, apesar de o lugar no banco estar garantido (dada tamanha cunha que fez com que o pior aluno do curso fosse nomeado vice-presidente do banco aos 25 anos), era um pouco “chato” ter que privar os colegas da sua presença para ir à oficina solucionar o problema.
Com estes pensamentos profundos na mente cumprimentou o segurança do condomínio com um breve
- Humpf!

Abriu o portão à distância necessária para não esperar muito. Parou o carro e entrou na moradia.
Em casa tudo sossegado. Como habitualmente a mulher tinha aulas de natação, body combat e etc, que lhe ocupavam os dias. Os putos, os putos onde estão? No colégio, estão no colégio...já não me lembrava...

Chamou a empregada:

- Matuléti! Chegue cá!
- Sim patrão. Chamou matuléti?
- Traz-me um uísque, rápido.

Tirou os sapatos de pele que lhe faziam calos, despiu o fato Armani, vestiu o fato de treino e foi para a sala de estar. O ecrã de plasma, enorme, fazia-lhe impressão. Demasiados comandos e botões. Sentou-se no sofá, acendeu um charuto e chamou matuléti.

- Matuléti! Chegue cá!
- Sim patrão. Chamou matuléti?
- Sabes ligar a televisão? O meu uísque? Porra de empregada...despacha-te. A patroa demora a chegar?
- Matuléti não sabe patrão...disculpe.
- Bem liga a televisão, traz o uísque e põe-te a andar!

A coitada lá ligou a tv e o sistema home cinema não a deixou pensar mais, inundadando a enorme sala com graves e agudos. Saíu para preparar o uísque.

Ele, refastelado no sofá, fez um zapping pelos canais cabo. Filmes, documentários, tele-vendas, nãããããããã. No momento em que uma luz de fogo iluminou a sala parou o zapping. Sic notícias. Canal chato, sem acção, sem tiros para estremecer com o sub-woofer.
Vem o uísque e a matuléti. Pensa para sí: esta gaja tem um cú...pode ser de cor mas é tão boa.

- Então a patroa demora-se?
- Deve tar prá chegar patrão...
-F#***#$
- Disse alguma coisa patrão?
- Nada. Ainda está aqui? Vá prá a cozinha! Já!.

A notícia passava impune à conversa.

-“...esta noite, nos arredores de Paris, centenas de carros incendiados por indivíduos de proveniência árabe.”

Fod#-$%. Estes gajos passaram-se. Qual a ideia?

-“Revoltados por não conseguirem igualdade de direitos no que toca à obtenção de um emprego...discriminados...”

Emprego, emprego. Vós devias era ter trabalho. Na vossa terra!

- “...não se conformam com as más condições de sobrevivência, no limite da pobreza...”


Sim, pois pois. E para que quereis vós dinheiro? Se fosse comigo dava-vos era um trabalho a troco da alimentação. Não se podem aturar...pensam que são gente agora...e ainda por cima a destruir o que é dos outros. Só a tiro...

Entra a mulher.

- Olá querido! Tá booom? Matulééétiiiii!!!
- Sim querida. Tou bonzinho...E a querida?
- Tudo bem meu amor.
- Sim patroa?
- Matuléti: hoje eu e o patrão não jantamos em casa. Por isso cozinhe para sí, há aí arroz e atum. Depois arrume a cozinha e vá-se deitar. Percebeu?
- Sim patroa. Com lincença patroa.

- Não jantamos em casa hoje? A que propósito?
- Ohh querido. Lembrei-me que hoje podiamos ir a uma mariscada. Apetece-me, que queres?
- Eu não quero nada. É é uma maçada tremenda ter que me vestir de novo...mas pronto. Vou pró jacuzzi um pouco, relaxar. Daqui a uma hora estarei pronto.
- Ok querido. Eu também vou pró meu jacuzzi um pouco, tou moída. Encontrámo-nos aqui daqui a 1 hora. Queres que desligue a televisão? Que estavas a ver?
- Nada de especial. Via uma notícia sobre um bando de inergúmeros franceses, ou argelinos...árabes! Veja lá você que queriam ganhar dinheiro...Queixam-se que não têm trabalho. Ao que isto chegou!
- Tens razão querido. Ao que isto chegou. Só faltava agora essa cambada. Qualquer dia tinham uma casa assim em condomínios. Que horror...só de imaginar sinto as entranhas às voltas.
- É! Tão malucos. Não se preocupe. A polícia trata deles....

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Nem de propósito

In TSF EM DIRECTO

• PARIS Distúrbios continuam com 400 viaturas ardidas
O oitavo dia de confrontos nos bairros pobres dos arredores de Paris foi um dos mais violentos da espiral de violência, com cerca de 400 automóveis a acabarem incendiados. Os distúrbios espanharam-se também a outras regiões de França.

• FORD Perdas levam marca a querer dispensar 10 mil empregados
A Ford está a passar por grandes dificuldades após ter registado perdas de 284 milhões de dólares entre Julho e Setembro de 2005. A marca quer por isso dispensar 10 mil empregados, 2600 dos quais na Europa.

Agora???



Notícia TSF:

"Bastonário admite que defesas oficiosas podem melhorar.
O bastonário da Ordem dos Advogados considera que as defesas oficiosas poderiam ser melhores e que poderiam ser feitas com menos advogados.
Apesar disto, Rogério Alves entende que as palavras do ministro foram um pouco infelizes."

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Nada


Não apetece fazer nada. Estou com "critical battery", não quero escrever, ler...só trabalhar porque sou obrigado.

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Um tiro na perna


Hoje os nossos serviços judiciais estão em greve. Não acho que as pessoas notem. Será apenas mais um dia em que se vai ao tribunal e se vem para trás.
Protestos, sindicatos barulhentos, as coisas normais numa sociedade de direito, com direito à contestação.

O que me está a admirar é que por todo o lado soa o eco que esta manifestação não tem razão de ser. Porque será?

Outras questões que me põe os cabelos a pé:

1-Mário Soares veio ontem a público apresentar o seu manifesto da candidatura presidencial. Enquanto viajava para casa ouvia na TSF, em directo, o acontecimento. E infelizmente para quem ouvia eram constantes as interrupcções ao discurso em directo por parte dos jornalistas. Por exemplo, enquanto Mário Soares respondia à questão do jornalista do "EL País" a jornalista (que não digo quem é) estava a explicar a questão que lhe tinha sido feita num espanhol claríssimo. Para quando o fim do suplício?

2- Circulava ontem na VCI, cheio de fome e vontade de festejar com a minha cara metade o seu aniversário, quando, subitamente, o trânsito é cortado perto do Hospital da Prelada. Filas, espera, preocupação (acidente grave supõe-se)... Mas não!! Era uma comitiva, com direito a pelo menos 10 carros da polícia, outras tantas motas, limusines e etc. Não sei quem era a "individualidade" mas será assim tão importante para passar por cima dos outros? E quem paga o cortejo?
É demais este país....

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

O que te faz sorrir?

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Tocam de novo as trombetas!!


Já está anunciada mais uma greve dos professores. Para Novembro.
Os sindicatos gabam-se de ser a 1ª vez, após o início da democracia portuguesa, que as três frentes sindicais representativas dos stôres estão unidas num propósito: não à perda de regalias e sim à dignificação da carreira. Dizem também que durante os mandatos dos 27 ministros da educação desde essa data até hoje nunca se havia visto tal coisa.
Ora então, e desde já, os meus parabéns.
Finalmente se prova a minha teoria sobre a necessidade de um novo Salazar, que espero que seja o actual 1º Ministro.

Todos nós temos a percepção da nossa caminhada sobre o fio da navalha em termos de balanço entre despesa na administração pública e, no lado oposto, receitas do Estado. O almejado equilíbrio tem que ser atingido com base num rigoroso controlo das despesas e proveitos. A proposta de orçamento de Estado para o ano 2006 (OE2006) aponta nesse sentido, quer no ano em questão quer nos próximos.
Também sabemos que para sair do pântano o estado só tem uma alavanca: aumento da receita (já que despedir muitos dos inúteis funcionários públicos é complicado – com todo o respeito pelos funcionários públicos).
Temos consciência que a receita pública tem origem em dois mananciais: as contribuições para a Segurança Social e Impostos.
Sendo incomportável à sociedade um novo aumento de impostos que resta fazer?
Salvo algumas afinações nos regimes tributários (como o “imposto sobre a riqueza” que ascende agora a 42%), os possíveis ataques às off-shores, à fuga fiscal e reformulação de um ou outro imposto, o Estado tem duas hipóteses: fingir um cenário idílico de “tamos na maior e o não falta é dinheiro” ou agarrar o touro pelos cornos. Mas, como o touro foi também por nós solto, existe uma obrigação de ajudar na agarra…e aí é que o touro torce o rabo!
O exemplo vem dos professores com a actual luta. Ou seja quem quiser que agarre o touro que nós em primeiro lugar não temos nada a ver com o problema e, em segundo, já trabalhamos que nos matamos. Agora nem pensar é em reduzir as nossas reformas, em aumentar idades de reforma, aumentar horários de trabalho e outros. Isso é que não! Senão, dizem eles, está posta em causa a sua honorabilidade, dignidade, e, note-se bem, qualidade do ensino!!
Pergunto eu: Qual qualidade do ensino? A que temos actualmente?

Eu trabalho, em média, 9 horas/dia. Desconto para a Segurança Social, pago impostos, não tenho ADSE, tiro 15 dias de férias quando calha (porque a empresa não deixa tirar férias corridas), não posso almoçar em cantinas, ganho mal, sou avaliado diariamente, peço um aumento e apontam-me a porta (por onde ao eu sair surgem 40 pró meu lugar), etc, etc, etc, e tenho noção, tal como toda a gente com olhos, que a nossa função pública é privilegiada. Entre outros os professores.
E sei que somos nós os jovens que, também por isso, vamos pagar a factura mais cara. E vocês sabem como a vamos pagar…

No meio disto tudo, que me repugna, apreciei as palavras do Sr. Ministro das Finanças sobre o OE2006, ao afirmar, por outras palavras, que o rumo é este, faça barulho quem quiser. Apreciei a postura contida e reflectida dos economistas mais nomeados da praça, que sabem a situação do país muito melhor do que nós, e afirmam ser um orçamento credível, realista e possível para agora.
Mesmo a direita oposicionista está a analisar cuidadosamente o OE2006.

Quem fez barulho? A esquerda mais radical (para variar) e os professores (até agora).
“Tá mal, tá mal e tá mal (numa primeira vista)”.

E todos sabemos que o cinto ainda vai apertar mais, porque, simplesmente, tem que apertar mais, de modo a corrigir erros do passado, as espertezas do tuga saloio e chico esperto. Depois de ter a casa arrumada e a máquina a funcionar (sem areias nas engrenagens) poderemos exigir mais.

Até lá querem Milagres? Ou o que interessa é saltar fora do barco (de preferência com uma boa reforma, tipo políticos) enquanto estão a tempo? E quem vem atrás feche a porta?

É que se for para saltar fora do barco mais vale acabar de vender o país aos espanhóis ou, não descartável de todo, emigrar em massa.

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Vantagens e Desvantagens de ser Jornalista (na minha óptica)







Vantagens:

- andar em carros com parabólicas em cima;
- andar em motas atrás de ciclistas;
- passar as filas de trânsito mais rápido que o pessoal parado ;
- correr de um lado para o outro sempre rodeado de colegas que nos querem roubar o lugar ou invejam o nosso microfone;
- Poder dizer “Boa noite, em directo para a ***, como se sente?”
- Viajar de borla;
- Falar com o Jet-Set nacional;
- Interpelar o Sócrates sem o Jaime Gama autorizar;
- Não ter horários;
- Ver jogos de futebol à pato;
- Ver os festivais de verão à pato;
- Poder dizer ao chefe “Tenho que ir à Austrália ver um canguru a cantar”;
- Ser mulher e ter sempre um men com uma câmara ao lado;
- quando apanhar no pêlo não apanhar sozinho;
- não ter que fazer nada e deixar os outros colegas questionarem os entrevistados;
- ser importante e respeitado, mesmo que nos queiram bater;
- ser pivot e poder proferir comentários doutrinais após as notícias (ao menos alguém nos ouve, mesmo que não queira);
- ser alvo de subornos sexuais a troco de trabalho;
- toda a gente andar atrás de nós e abraçar-nos;

Desvantagens:

- levar tiros no cú no Iraque;
- levar pancada dos nn boys;
- levar pancada dos super dragões;
- levar pancada dos que não ficam em casa;
- ser ignorados;
- ouvir o Ferreira Torres dizer mal de nós;
- ouvir o Dias da Cunha dizer mal de nós;
- ser homem e ter um men com uma câmara ao lado;
- ser homem e não poder usar decotes ousados;
- ser homem e não poder tirar os cabelos da boca, em directo, quando está vento;
- ser apedrejado;
- ser mulher e ter que subir na vida com decotes ousados;
- fazer figura de urso e perguntar “como se sente?” a um gajo que foi atropelado por um canguru que cantava.
- não saber ao certo qual o carro da judiciária que traz o suspeito;
- possíveis problemas de coluna após entrevista ao Marques Mendes e aturar o ar angelical dele;
- ninguém acreditar em nós se falarmos com um copo de cerveja na mão e ter de frequentar festas onde as bebidas e as gajas são à pato.
- ter que saber falar português;
- ser portista e ser obrigado a gritar “É golo do Benfica” como se fosse ter um filho;
- ser pivot e não poder ver as notícias que apresenta em directo;
- ser pivot e não poder mudar de canal a meio das notícias;
- ser pivot e ter que ouvir o que nos mandam ler;
- não poder dizer em directo “puta que pariu” ao ouvir um canguru a cantar;
- ser o gajo que segurava o microfone do Valentim Loureiro no discurso da vitória;

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

Palavras para quê!
















É sempre importante ter a máquina à mão. Caso contrário perdem-se estas preciosidades...

terça-feira, 11 de outubro de 2005

Jipão

E eis que surge uma actualização à biblioteca fotográfica da reconstrução da máquina...
















Tadinho do pequeno. Tem que levar quase tudo novo (chaparia)...




















Até o fundo foi novo
















O pior já passou mas ainda falta muito trabalho!































A mecânica está boa, pior serão as alterações que pretendo (€)

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Weekend III

Como dizia a direcção era Brufe, Terras do Bouro.

As surpresas pelo caminho iam sendo uma constante.















Aqui, ainda no início do percurso, podem ser admiradas aldeias típicas do Alto Cávado e Homem.















Claro que já ia sentindo algumas dificuldades com a máquina digital. Cartões e memórias...entraves à creatividade.

Mas a velhinha reflex ia trabalhando. Pena não ter ainda as fotografias para vos mostrar.


Desta zona à barragem de Vilarinho das Furnas foi um instante.
















Como se esperava, depois de um inverno e verão destes, a aldeia estava parcialmente submersa.
A caminhada até lá era grande, partindo da barragem, e a preguiça e a fome venceram. As fotos, com recurso a uma lente 75-300 mm vieram, não estando ainda prontas (preguiça?).

Assim, em busca de um sitinho simpático para almoçar, encontramos uma aldeia, cujo nome já me passou, mesmo pertinho da barragem.

E voilá:
















(continua, já com as fotgrafias reveladas espero eu...)

quinta-feira, 6 de outubro de 2005

Weekend II

Apesar de só poder sairmos de cá no sábado pela manhã, tínhamos decidido que o fim de semana seria dedicado ao jiboianço pelo Gerês. Afinal está aqui tão perto e por muitas vezes que lá tenha ido surpreende-me sempre.

Assim sendo toca a marchar, delineando o plano um ataque pela parte norte do parque.

Primeira paragem técnica: Arcos de Valdevez. Nada de fotos porque estou farto de lá estar em trabalho.

Café matinal e toca a derreter asfalto em direcção à Serra Amarela (Comecei logo a sentir falta do meu maquinão para desbravar trilhos).

A direcção escolhida indicava-me Germil, em Ponte da Barca, local de muitas cumplicidades e prazeres únicos vividos quando lá trabalhei com a equipa da Valimar.




















































Abandonada pelo tempo e pelas vontades Germil continua a ser uma preciosidade. Existe muito mais para além dos aglomerados e, acreditem, merece bem uma visita cuidada.
Seguimos para Brufe, Terras do Bouro.

O percurso é lindíssimo.


(continua)

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

weekend...













Ora adivinhem lá para onde fui...

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Ainda os Furacões

Estou farto de politiquices. E para mudar de assunto:




Li ontem no público uma notícia, tipo informação inútil, à qual achei piada. Versava sobre o esgotamento dos nomes de furacões, previstos para este ano, nas Caraíbas e Atlântico.

O sistema actual de atribuição de nomes (masculinos e femininos para evitar discussões sexistas) prevê 21 furacões. Ora acontece que o Rita é o 17º e, pela forma como a coisa tá preta, facilmente serão ultrapassados os 21 - obrigando os meteorologistas a recorrer ao alfabeto grego, invocando a tragédia grega.

Noasfalto considera uma tremenda injustiça não ajudarmos nós, mais descansados dos neurónios neste campo, os norte-americanos. Sempre conscientes que o nome é fundamental para uma correcta comunicação com o público.

Sugeríamos então:

Tone, Sogra, Manel, Caralh.., Pu** que Par**, A Tua Mãe ò Boi, Bófia, Direcção Geral de Finanças, IVA, IRS, Quim, Maria e outros.

A esta hora devem estar a pensar “Qual a lógica disto?”.

Imaginem um directo na TV. Certas expressões chave, curtas, só podem elucidar e afugentar a população (consoante o efeito desejado).

Ora vejam:

- Fujam, vem aí a Sogra!

- A Direcção Geral de Finanças avança para o nível 5 e promete arrasar todo o Texas!

- A Bófia está constantemente a mudar de direcção e ninguém sabe ao certo para onde vai?

- O IVA e IRS destruíram todo o comércio do Novo México!

Ou ainda:

- O Tone chegou aos EUA e fodeu tudo!

- Viste a Tua Mãe ò Boi?

- O Quim e a Maria seguiram o rasto da Pu** que os Par**!

- Na Venezuela enquanto o Caralh.. se aguentou ninguém saiu de casa!

Quererão eles melhor?

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Deus, Foste tu que falaste? Por favor continua.








Após um longo período de tempo e de modo inesperado, como eu gosto, consegui a banda sonora do Kill Bill, Vol. I.

Já não sonhava com música tão bela, desde o Requiem do Mozart (composto certamente com ajuda de uma alguma força divina).

Tarantino sempre me impressionou bastante mas na altura não estava preparado para este filme. Comoveu-me e alegrou-me tanto a película que só saldei a dívida comigo próprio ao fim de três idas consecutivas ao cinema.

Sei que pode parecer disparatado mas simplesmente deliciei-me com a sua visão vingativa do mundo e entrei no turbilhão de emoções. Assim me perdi até ao inevitável “fim”.

Entretanto a banda sonora…atormentou-me. Com um poder e sonoridade insuportavelmente incrível, a dada altura, senti-me chorar. Se palavras bastassem e explicassem como queria que a música me invadisse, percorresse as minhas veias a toda a velocidade e seguidamente explodisse…transcendental, senti-me simultaneamente tão livre e leve …. e tão preso ao filme.


Hoje, de álbum na mão, dolorosamente tarde, pus pausadamente os auscultadores, o volume no máximo – insuficiente ainda assim - , deixei-me percorrer e fui com a música para onde ela quis.


Agora posso ver o Vol. II!

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Luto











Um dos pequenitos que por cá vinha morreu atropelado aqui na estrada (post amigos do dia - o cãozinho preto).

Não há direito. Pedi ao pessoal para o enterrar aqui fora e apetece-me mandar as associações de animais pró caralho, porque falei com eles e a resposta foi: "Aguente-os por aí que nós estamos lotados".

Ou então têm aqui a solução para os seus males: Soltem os bichos à beira da estrada!

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Força Rapaziada

As nossas forças armadas estão em grande.

Como o governo proibiu (e muito bem) qualquer manifestação não autorizada destas forças, toca a mandar para a frente de batalha as mulheres dos militares!!! Mulheres: toca a pegar nas armas e enfrentar o inimigo. Toquem as trombetas e, rumo à 1ª linha de fogo, ninguem vos parará.













O mais triste é que, como pudemos ver ontem, elas nem sabem qual o teor dos decretos em questão. E afirmam que estão dispostas a tudo para "defenderem" os direitos dos maridos.

Só neste país...



Nota: Se a guerreiras fossem assim podia haver mais guerras, por favor?