Um tiro na perna
Hoje os nossos serviços judiciais estão em greve. Não acho que as pessoas notem. Será apenas mais um dia em que se vai ao tribunal e se vem para trás.
Protestos, sindicatos barulhentos, as coisas normais numa sociedade de direito, com direito à contestação.
O que me está a admirar é que por todo o lado soa o eco que esta manifestação não tem razão de ser. Porque será?
Outras questões que me põe os cabelos a pé:
1-Mário Soares veio ontem a público apresentar o seu manifesto da candidatura presidencial. Enquanto viajava para casa ouvia na TSF, em directo, o acontecimento. E infelizmente para quem ouvia eram constantes as interrupcções ao discurso em directo por parte dos jornalistas. Por exemplo, enquanto Mário Soares respondia à questão do jornalista do "EL País" a jornalista (que não digo quem é) estava a explicar a questão que lhe tinha sido feita num espanhol claríssimo. Para quando o fim do suplício?
2- Circulava ontem na VCI, cheio de fome e vontade de festejar com a minha cara metade o seu aniversário, quando, subitamente, o trânsito é cortado perto do Hospital da Prelada. Filas, espera, preocupação (acidente grave supõe-se)... Mas não!! Era uma comitiva, com direito a pelo menos 10 carros da polícia, outras tantas motas, limusines e etc. Não sei quem era a "individualidade" mas será assim tão importante para passar por cima dos outros? E quem paga o cortejo?
É demais este país....