quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Um tiro na perna


Hoje os nossos serviços judiciais estão em greve. Não acho que as pessoas notem. Será apenas mais um dia em que se vai ao tribunal e se vem para trás.
Protestos, sindicatos barulhentos, as coisas normais numa sociedade de direito, com direito à contestação.

O que me está a admirar é que por todo o lado soa o eco que esta manifestação não tem razão de ser. Porque será?

Outras questões que me põe os cabelos a pé:

1-Mário Soares veio ontem a público apresentar o seu manifesto da candidatura presidencial. Enquanto viajava para casa ouvia na TSF, em directo, o acontecimento. E infelizmente para quem ouvia eram constantes as interrupcções ao discurso em directo por parte dos jornalistas. Por exemplo, enquanto Mário Soares respondia à questão do jornalista do "EL País" a jornalista (que não digo quem é) estava a explicar a questão que lhe tinha sido feita num espanhol claríssimo. Para quando o fim do suplício?

2- Circulava ontem na VCI, cheio de fome e vontade de festejar com a minha cara metade o seu aniversário, quando, subitamente, o trânsito é cortado perto do Hospital da Prelada. Filas, espera, preocupação (acidente grave supõe-se)... Mas não!! Era uma comitiva, com direito a pelo menos 10 carros da polícia, outras tantas motas, limusines e etc. Não sei quem era a "individualidade" mas será assim tão importante para passar por cima dos outros? E quem paga o cortejo?
É demais este país....