O vazio
Já me tinha sentido daquela forma estranha algumas vezes. Contudo nunca com aquela intensidade e rapidez.
Quando recebi o telefonema e me disseram que tinhas partido a terra abriu-se de repente e tudo ficou suspenso na frase "O Barros morreu".
Lembro-me, como estivesse agora no mesmo instante, que mal a frase acabou veio o vazio.
Não sei por onde andei até que me encontrei de novo. Chorei escondido de todos porque havia perdido não só um grande mestre e patrão como um grande amigo, daquela forma estúpida e cruel.
Fugiste sem dizer nada a ninguém mal se tinha acendido a luz ao fundo do túnel que atravessavas. Não acredito que te apanhassem sem luta, não era a tua maneira de ser.
Admirei como tiveste frieza para planear a tua despedida - exemplar na minha maneira de ser - e a continuidade dos teus.
Até na morte admirável e exemplar.
Um dia destes apanho-te João Barros,
vais-me pagar pelo vazio que deixaste e que luto por preencher!
Poema da Encandescente
5 comentários:
A única coisa que eu aprendi é que os vazios podem ser preenchidos.
Grande e imponente figura o Barros, já não se fazem pessoas assim, ou será que nós somos como ele em potência?!
É... há malta que nos deixa incompletos... e à medida que vamos avançando na idade isto tende a repetir-se com uma frequência nada agradável.
Terceleiros: Acredito piamente que, potencialmente, todos somos assim. O problema é que estamos no estado semi-latente.
Abraço
gosto, gosto muito, blog de cara lavada, sem alcatrão. Há muito mais por baixo do tubnam...
em relação ao comentário temos sempre espaço para evoluir.
Humor: Infelizmente tens razão
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