quarta-feira, 18 de junho de 2014

STG14 - A data era irrevogável e DEIXARAM-ME ir (obrigado piquenas)

Estava prometido.

Estava marcado para 7,8,9 e 10 junho de 2014, para se apanhar o calor.
A data era irrevogável à Portas.

E,

 
Havia um grupo secreto no facebook para marcar pormenores.
 
O Tiago tinha treinado (ah ah ah ah).
 
 
O grupo canoas sem cotas pagas estava de novo em GUERRA! Vai daí:
 
 
SANTIAGO 2014
Episódio "Anda beber um copo na Corunha." 
Irrevogavelmente e inflexiveis quanto à data (salvo melhor opinião de quem nos ia levar para Santiago), o grupo estava definido e alinhado para os dias 6,7 e 8 de junho de 2014. 
Desta feita, e para demonstrar a força que nós temos, iamos levar novamente um rookie. E não foi qualquer rookie, note-se. Havia mais 2 candidatos mas esses ainda tem que nos provar que aguentam a pancada. Talvez para o ano.. 

DIA 1
4h da matina, carrinha do Leandro em Forjães. Carregar burras, carregar sacos de sarapilheira (de plástico), carregar mantas com pulgas das cadelas (desculpai Glória e Lia), carregar sacos e seguir para Darque.
Carregar bicicleta, saco, fitas, blá blá blá.

(selim quase novo Leandro?)
Siga para Viana.
O rookie não esperava à porta....não conhece o procedimento e vai ter que aprender umas coisitas. Sai de casa vestidinho, sem estar já equipado...mau mau mau. 

Diz que ainda está bêbado da noite anterior. Isto vai ser bonito vai. 
Carregar bicicleta, saco, bla bla bla.
Bota para Santiago que estamos atrasados e, pelos vistos, temos 2 princesas.
Paragem técnica em Campos, Valença, muito por causa da embraiagem do carro (impressionante a força dos toyotas...com a embraiagem a dar sinal desde novembro13 nada pára esta besta de carga). Chove miudinho, nada que se estranhe e não se espere em junho. Uma princesa vai para o wc vestir-se...
Siga de novo, autoestrada, cheiro a embraiagem queimada, discussões sobre roupa técnica, técnicas de sobrevivência rambo, NGPS, etc.
Santiago à vista!!!!

Toca a descarregar as trouxas e as burras, tudo menos as pulgas que voaram pelo caminho.

Apresentando a equipa:

O Rambo, a dominar coisas Técnicas



O Tiago




O Leandro



(ca$%%&&&$ fod"##...a fotografia não roda, rodai vós a cabeça)
 
Moi



e a coqueluche, o rookie, o gajo alto e esbelto que anda de bicicleta dobrado, com todos os efeitos que isso tem na saúde intestinal: o Araújo, gramacho.




Tudo pronto e desembalado, seguimos até à Catedral, fomos carimbar a credencial do peregrino à polícia (tradição) e arrancámos.

Algumas fotos:




 





(este sol de junho mata-me)


É lógico que não íamos muito longe sem pequeno almoço, muito menos com 120Km à nossa espera...
À saída de Santiago aceitámos a sugestão de uma local e fomos ao Polígono, no polígono industrial. Estavam feitos cerca de 6 penosos Km.
Pequeno almoço prá mesa, princesas pró wc, wc inutilizado, saída discreta.
A chuva já incomodava, vai daí a mochila levou um saco plástico que me foi fornecido neste café por uma simpática empregada (ainda não tinha visto o wc...).

À saída



As setas mandam-nos para belos trilhos, paralelos à N550

 
 
 



(Não está nada muito tremida. Tens é que abanar a cabeça muito depressa até ela ficar focada)
 





(clica na foto. Não é like, que nós não gostámos dessas paneleirices)


(podes clicar de novo, se quiseres claro)

E, como disse, chegámos a Sigueiros, localidade que tem um parque engraçadito (e água fraca).
 
 

 

 
 


Ala, que se faz tarde



Saco de?????? Ai quando a tua mãe vir isto...

 
1ª paragem, Técnica. A água das chuvas típicas de junho estava a lavar as correntes. E Santiago sem chuva não era Santiago...25Km feitos, estávamos em Baxoia e com alguma lama à mistura. Até na cara. Só nos cantis é que não havia muita água...perguntar a um espanhol onde iriamos ter água tornou-se um pesadelo, valeu a espanhola que estava com ele. 


E, de vez em quando, lá passava um grupo de peregrinos rumo a Santiago.

 

Esta zona até que era engraçadinha, de planalto, rolava-se bem e a paisagem ajudava à festa. O vento estava de feição e o grupo bem disposto.




 
 

Encontrámos água mais cedo do que esperávamos, mas esta vinha lá do alto...vai uma paragem técnica em A Rúa, num cafézito. Km35, Abastecimento sólido e liquido e ligeiro compasso de espera que ela estava brava.









A chuva acalmou um bocado e saímos prá rua.

A igreja de San Pelayo de Buscas, que aparece numa foto acima, é bem engraçada. Podem ver mais fotos se clicarem aqui:


e aqui


Continuámos. Parámos 3Km depois para apreciar as originais esculturas da festa de Malla. Clica, sem medo.
 
(para ver isto como deve ser tens que clicar na foto, que eu pus isto no tamanho original.)E logo o S. Pedro tratou de nos arrefecer o corpinho...toma lá mais chuvinha.



 




Molhadinhos e com os impermeáveis no corpo seguimos caminho. Que, diga-se, é feio. Bem dizia o outro...





Km47 e seguintes até Vilacoba...descidasssssss!!!!! Dos 450m para os 146m. Muito muito fixe, só não podias pensar que no domingo vinhamos ao contrário...
Adiante.

Molhados até ao osso, ccom poucas fotografias tiradas, cheios de fome e no meio destas paisagens (feias) a tática estava definida. Próximo tasco é pro tacho. Até porque naquela zona tascos não são propriamente abundantes.

Até que, algures à volta do Km60, vimos uma placa manhosa a dizer que havia "restaurantes" desviados do caminho a 400m. Tinhamos que arriscar. O exterior não convenceu o Vasco. Abriu a porta, cheirou e não ficou convencido. Eu gostei logo do aspecto tascoso da coisa. Não havia nada a fazer, até porque não havia mais nada. Vai daí...

Almoço em Meangos, num tasco onde ainda se caga de pé.

Entrámos. O cheiro que estava no ar, que o Vasco não gostou, era a couves cozidas. Lá dentro estava quentinho e a decoração era original.

O rookie estava a curtir. Ainda não tinhamos visto a cozinha ou o wc.



O Leandro dizia mal da vida dele, tinha o equipamento borrado...




O Tiago controlava as trouxas e as biclas e já dizia um bocado mal da vida dele.


 
 

 
Mas havia um problema...os gajos tinham a 1906! 




O Araújo já andava a fazer das dele. Foi cheirar o cozido de um grupo que lá almoçava. Era o que nós queriamos mas este é só por encomenda. Fuck.


 Não havia cozido mas havia bocadillos! E que bocadillos (leia-se a fome era muito negra).

Pedido que estava a dose de bocadillos os nossos amigos do cozido foram dispensando umas entradas para o povo! Gracias Araújo.




 

Bocadillos - 13h50



Batatas fritasalgadas


Queres aceder ao Wi-Fi? Atão toma lá morangos...


E, para aquecer o corpo, nada melhor que uma (ou duas, só para homens) aguardente. Depois de combustível assim não havia desculpas para não pedalar.


Este ano o troféu sacos e saquinhos ficou com o Tiago :). Foi uma disputa renhida, pois sempre tinhamos o saco das vindimas do Leandro. 



A tarde foi passando, os Kms também e a boa disposição (etílica?) reinava.




E assim chegamos a Betanzos, onde moram os betos e os tansos. Engraçadita a cidade e um óptimo local para uma pequena pausa para descontração. Nada mais se podia esperar do Km69!

Praça Irmãos Garcia Naveira - 15h30
 




 















Junto ao rio Mandeo






E já meia hora depois, no Km79. junto à igreja de San Pantaleon das Viñas (Lambre).







Em Pontedeume, Km90, e na subida até Fene








"Anda Tiago. Tou a ver o Vasco e ..."

Descida para o Ferrol



Descida para o Ferrol. Lindo. As gruas dos estaleiros desta cidade portuária veem-se ao longe. Não é o caminho de Chaves mas...com o S. Pedro a, finalmente, dar uma aberta, aparece-nos isto:

A ponte das Pias













O passeio da Xuvia, com sol (yupiiiiii). Só por essa clica lá!

 

E, finalmente, fojasse, fojesse, depois de 117Km, 7h a pedalar, 10h depois de sair de Santiago e de subir 2220m, o nosso hotel (com uma vista bem fixe):







Daqui até ao dia seguinte muita coisa se passou. Lavou-se roupa e secou-se roupa e sapatos. Lavaram-se bicicletas. Banhos. Guerra na atribuição de beliches. Jantar, pizzaria sem pizzas e 1906. Bar e 1906. Brisbom, bristol e brisbmm. Cansaço. Químicos em guerra. Tudo coisas que ficam aqui registadas por palavras chave, porque, na guerra, o que se passa na guerra fica na guerra. E só 6 pessoas é que souberam (umas mais do que outras) o que se passou em Ferrol naquela noite. 6??? Fogesse.

Dia 2

No dia 2 a coisa era mais folgada. Acordou-se aos poucos e já o casal que ficou no nosso quarto de hotel se tinha pirado. Estavam ainda as 4 espanholas.

Toda a gente estava bem e preparada para mais um pequeno empeno, sabendo de antemão que este era o dia mais folgado.

Saimos do hotel

E fomos tomar pequeno almoço a Neda. Quatro pedaços de pão duro, manteiga e a avózinha do Araújo que quase lhe partiu o capacete... 3euros e pico mais leves (4 para os meninos) arrancámos com destino à Corunha!?


 
 
 

 
  
 
(calção "não é pra todos e não faz milagres")

Em Fene cruzámo-nos com as 4 espanholas do albergue e o Tiago, que vinha na vassoura, mudou as mudanças todas de uma vez na rua de Sartego. Vai daí a afinação CEGA deu sinal, o lixo da corrente também, e após um barulho desagradável ouviu-se:

"Ó Foda-se! Partiu o desviador." O ó foda-se já o conhecemos - o Tiago diz isso mal vê uma subida digna desse nome e pára de pedalar....isto dito e feito por um cavalo de 1.90 é estranho mas...

O parti o carrinho é que nos deixou tolos! Vai-se a ver, ufa, não afinal não partiu o carrinho. Partiu a corrente com afinação CEGA e a corrente e o resto partiu o dropout.O Vasco pediu ao Tiago outro dropout e...népias. Portanto, estávamos em FENE, com uma afinação cega, transmissão cagada e sem dropout suplente...bonito. 

O pensamento geral, salvo do cool blood araújo, foi: fodeu-se o passeio. Como carLH& iamos arranjar um dropout Porche em Fene ou no ferrol??? E como iamos chegar à Corunha????

Enquanto Tiago levava sermão do Rambo, que o avisava e ensinava técnicas de sobrevivência em passeios de BTT fora de Forjães, tentava-se por a corrente em single speed e, mais dificil, encontrar lojas de burras. O Rambo, fino, mandou-me a mim e ao Leandro para uma loja do Ferrol (que aparecia no google) e ficou a acabar o serviço.

Depois de muitooooo tempo, telefonemas, idas a outras lojas, lá apareceu um dropout da Porche. E um par de pastilhas para o travão de trás, e uma corrente nova, e, por pouco, quanse que vinham uns rolamentos do pedaleiro novos. Tudo pronto e afinado (NOT CEGA) a burra nem se ouvia.





 

 
  
(Roca is not CEGA)


Com um revés de 3h no lombo a tática foi alterada. Passava por almoçar rapidinho pelo Ferrol e dar-lhe duro à tarde, a ver se ainda conseguiamos safar o dia.
Com uma previsão destas o melhor almoço possível era no 

até ponho de lado.




E lá arrancámos, passava das 13h. Haviamos de chegar à Corunha, que só está a 40Km por estrada mas, para nós, estava a mais de 80Km (segundo o trilho escolhido. Note-se que grande parte deste troço não é caminho de Santiago).
Não houve muito tempo para palhaçadas, paragens e tal. Por muito que lhe déssemos o "tempo parado" neste dia era muito elevado.

Fotos tiradas ao longo deste trilho:

 

 
 
 
 
 

A seguir: Pontedeume (onde encontrámos as peregrinas que estavam no Ferrol...), as suas "paredes" e o "Anda Tiago!. Tou a ver o Vasco e..."


 
 
 
 





 


 

Feio, feio, feio




 

 

 

 
Olha o saco pá!|

 

 
 
 

 

Até que chegámos às zonas de praia da ria de Betanzos. Bem fixe, vale a pena. Não podem é ligar às casas que os ciganos fizeram por lá...

 






 

 
(fogesse...os calções não fazem milagres)
 


 




 


Em Sada, por volta dos 35Km, a marginal da ria estava mesmo a pedir um abastecimento. Vai daí toca a hidratar o corpo...o Solana revelou-se uma agradável surpresa. Se forem a Sada não percam a oportunidade.





Repasto feito, toca a seguir caminho que já se fazia tarde. E com mais de 50Km para fazer nem se fala...a sorte é que o Tiago já tinha um dropout novo e as mudanças afinadinhas (not by CEGA).


 

(Ainda em SADA)

Saídos de SADA calhou-nos na rifa o "sendero" Fontan-Carnoedo. E que sendero meus amigos. 3Km ao mais alto nível, não só pelo precipício que temos ao lado...a paisagem para as praias e para a ria é fenomenal e valeu a pena o esforço e as curtas caminhadas que tivémos que fazer. Vale o click nas fotografias.







(rambo)

(gramacho)

(princesa fojasse fogesse)

(tiago. Onde está o Tiago...esperem aí...ANDA TIAGOOOOOO!!!!)









 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


















(Ah! Cá está ele!)

Este trilho não é fácil e se te distraíres muito...quando vieres para cima traz algum mexilhão.




Brutal, como dizem os amigos mouros.

Depois de uma paisagem destas o "rompe piernas" que se seguia não estava a ser muito agradável. E entre a ria de Betanzos e a da Corunha ia ser só disto.
Vai daí pedi ao Vasco para fazer o que ele não gosta e ir por estrada, caso contrário, ia-me levar às costas. E íamos chegar à Corunha de noite.

Decidiu-se, em conjunto, cortar um bocado por estrada, até Mera. 











 
Após Mera o passeio é ruim de feio...

Em Santa Cruz



 

 

Em Bastiagueiro




Esta sim Tiago. Dá para o Cega afinar à vontade...

(Ponte da Pasaje, entre Sta Cristina e Corunha)


 
(e esta foi a derradeira, a verdadeira, a última fotografia que aquela máquina tirou...rip máquina)
 
Mas, havia a do Vasco. E já na Corunha:








(O estádio do D. Corunha, onde o FCP ganhou em 2004)

 Vista da janela do albergue...


(quarto love is in the air 1)


(quarto love is in the air 2, ainda sem tratamento químico)


(quarto duplo com ocupação single)



Depois de instalados, banhados, cansados após 75Km com 1360m acumulado positivo, 4h57 a pedalar e 04h54 "dropparados", seguia-se a desgraça.

A administração do blog, via o seu CEO, decidiu censurar muita coisa que apenas se soube em Portugal via telefone. E, mesmo assim, creio que cá não se soube tudo. Afinal há coisas no caminho que ficam no caminho (para as mulheres de quem foi informo que falo das pedras e dos marcos e das setas).

E assim tem que ser, pois basta mostrar uma fotografia dessa noite. E dizer que EU, na qualidade de gajo mais velho (e de pai de uma criança), dormi sozinho!


Palavras para quê...

Mais do que isto só a velha tática das palavras chave. Começo por Costeletão, passo na 1906 e no chiripiti (o gajo ainda hoje deve pensar que a garrafa estava furada), simpatia do povo da Corunha (são de portugal??? nós somos divorciadas!) e Usain Bolt.

E, como prova que o nosso problema era mesmo o cansaço, deixo aqui uma única fotografia mais. E de lado, que é para chatear. 
 


(não se vê o gramacho mas é por razões profissionais, visto que ele tem que andar disfarçado na Corunha)
 
Next day. 

O dia seguinte começou no tasco. E assim continuou, mesmo para o Leandro, apesar de ele não querer (o código da porta é o 9676, já te dissémos pá.).

Para uns o dia continuou com uma sesta a partir das 2, para outros a partir das 4h.

Sesta feita, reparados do cansaço (???), a guerra estava à espera.
Um dia que ia ser muito bravo (lembram-se das descidas até ao Ferrol? Agora é ao contrário!).

Bem, pelo menos estávamos em Junho e o tempo ajudava...a limpar as bicicletas.





Por causa do sol intenso, e também porque a máquina do Tiago não era à prova de asfalto, só temos registos fotográficos da pausa para o almoço. Só que a história do dia estava antes do almoço....



O caminho previsto era sair da Corunha após uma volta pela cidade e redondezas. Devido ao sol intenso esta ideia foi preterida. Vamos directos para o caminho. Destino: A Malata, já no caminho inglês, sempre via caminho de Santiago.

As setas, de tantas, até aleijam os olhinhos. Só pensava em como se safariam os que vão a pé...

Com mais ou menos dificuldade chegámos a Cambre. Aqui era suposto atravessarmos uma ponte mas ponte...nem vê-la.

Vai daí o Vasco pediu ajuda a dois locais, que passeavam de bici, na ecovia junto ao rio Mero.

Os gajos lá perceberam que iam para Santiago e, muito prestáveis, vieram mostrar por onde tinhamos que ir.

Eu estava a estranhar o caminho, sempre pela ecovia, porque estávamos a ir numa direcção que não alinhava com a que vinhamos a seguir...em vez de Sul estávamos a ir para Nascente.

Os gajos diziam que era por ali, que o caminho estava mal marcado, etc etc...

Só sei que quando demos por ela, depois de os castiços nos terem abandonado, estávamos no encoro de Cecebre, 10Km em linha recta ao lado do caminho...

Afinal os mens estavam a mandar-nos para o caminho, mas para o caminho inglês e via estrada! Nada a fazer, siga por estrada que havemos de ligar ao caminho inglês e seguir para Santiago.

O sol começou a aquecer a sério e o Tiago só dizia ó fod-#$ após cada curva da estrada. Afinal só foram 10Km a subir (tínhamos que ir da cota 75 para a 475).

Já eram horas era de comer, que a fome apertava.

Estávamos em Santa Marina da Beira, e de novo no caminho Corunha-Santiago, após não sei quantos Km fora do trilho.

Chegamos a Travesas e econtramos sítio onde comer qualquer coisa. A Casa Avelino - Café-Estanco!

"Tem comida?

Tenho pão.

E o que tem para por no pão?

Queijo, chouriço, empanada, pres

Ponha isso tudo e de tudo o que tiver na cozinha."

Amigos...nem vou dizer mais nada a não ser CASA AVELINO FOREVER!



Fogesse




(nota-se as marcas do sol nas costas do Vasco. A próxima ida é em Dezembro)







Enquanto comiamos a sol escondeu-se um bocado mas mal abrimos a porta ele apareceu de novo! A sorte é que na casa Avelino, para além de ter uma empregada com um raciocínio fora de série, também tinha chiripiti. Só para duros, que os outros andam com tirinhas azuis a puxar os ombros para trás.

A tarde foi passada a pedalar e poucas fotografias se tiraram. O caminho já era conhecido e, continuo a dizer, feio que até aleijava...





Até que, lá para as 17:30h, chegámos ao destino. 84 ou 85Km, com 1400m de acumulado e praí muitas horas a pedalar.

Nota: Ainda queriamos parar no tasco onde tinhamos tomado o pequeno-almoço no 1º dia mas este parece que fechou nesse dia, com problemas no saneamento...





14ª vez! É de Rambo.

(Alegria de caloiro. Temos gramacho!)






(com alto patrocínio(?) canoas)













(quase quase a última fotografia da máquina do Vasco)
(quase quase a última fotografia da máquina do Vasco)



E pronto. Está tudo...ah espera aí. Não está nada...
 
Depois desta última foto os meninos limparam-se como puderam nesta casa de banho (e a gaja que entrou lá dentro como se nada fosse, e bota uma mija?).
 
Mais ou menos limpos, bicicletas com cadeado na oficina do peregrino, mochilas as costas vai de ir jantar.
 
No princípio estava toda a gente numa de água, salvo um ou dois. Rapidamente a conversa mudou de tema, vinhito, comidinha boa no tasco do amigo do Vasco, café e chiripiti.
 
Entretanto o Vasco e o Tiago tinham ido lá fora e, vindo do nada, o Vasco aparece na mesa com a novidade.
 
"Temos um problema! Fecharam a oficina do peregrino e as bicicletas estão lá dentro!!!"
 
Xiiiii, patrão. Na converseta o tempo tinha passado e a hora espanhola vai sempre uma à nossa frente. Ou seja, não eram 20h eram 21h!!!! A oficina (sabe-se com o portão fechado) fecha às 20h.
Bem, no meio da desgraça, valeu a mudança de cor do Leandro. O moço só não desmaiou porque o chiripiti não deixou!

Aflitos, fomos ao Hotel em frente à oficina, ao museu ao lado e vimos a coisa mesmo preta. Toda a gente nos dizia que não havia nada a fazer, excepto, esperar pelas 8h da matina do dia seguinte.
 
Voltámos ao tasco, falámos com o amigo do Vasco, e, fez-se luz...vamos à polícia!
 
Toca a pagar, pegar nas trouxas, e ala prá polícia. Pensámos "Tamos safos", embora eu (e todos, creio) estivesse já a pensar num plano B.
 
Na polícia NADA FEITO! Amigos, esperem por amanhã.
 
A única solução seria na catedral. Vai daí fugiram todos e deixaram o Tiago na polícia a carimbar a caderneta....
 
Entretanto eu e o Tiago fomos dar com eles na Praça de Platerias. tinham ido a um albergue e a notícia era a mesma...só amanhã!
 
Foda. O Leandro entrou em stress agudo e o Vasco mostrou-lhe os dentes!!!
 
Afinal, o Leandro, ali naquele grupo, era o único Patrão!
 
Entretanto, do alto do seu 1.90, o cool-blood avistou um segurança a sair da Catedral. Não tem mais nada e toca a abordar o home. Bem dita a hora.
 
O home ligou ao Santiago, apareceu um outro segurança numa outra porta e abriu-se a oficina!
 
Momento digno de registo! Olhem só o ar de alívio do Leandro!
 

 
E pronto...está relatado. Ah não...espera aí. Ainda fomos às 1906! Mas não mostrámos.
 
 
Depois das 1906 viemos para casa, sempre com cheirinho de embraiagem dentro da carrinha. E o Tiago com a bicicleta afinada.

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